O co-irmão Figão decidiu cumprir seu jogo de perda de mando de campo na Arena Joinville. Possivelmente, dentre todas as opções que tinha, a pior escolha para os torcedores deles. Joinville não tem torcida do Figueirense, não é tão perto (180km) e costuma ser hostil com os times de Florianópolis. Em 2002, por exemplo, o Figueirense mandou no Ernestão um jogo da Série A contra o Guarani, e pessoas, supostamente torcedores do JEC atiraram, de fora do estádio, rojões contra as arquibancadas enquanto rolava o jogo. É muita amizade, não?
Ficou claro que o torcedor é a última coisa em que o Figão pensou. Até as dimensões do gramado são mais importantes que aquele que sustenta o clube. Tivesse feito o jogo em Palhoça, Camboriú ou Blumenau, o co-irmão teria mais público e, quem sabe, poderia até fazer umas palhaçadinhas tipo essa que o Boca Juniors fez, no vídeo abaixo, mostrando como sua torcida é capaz de lotar e fazer tremer um estádio longe de Buenos Aires (em San Juan, quase na fronteira com o Chile, na final da Copa Argentina 2012 contra o Racing).
Só que o Boca exalta e valoriza seu torcedor de verdade e criou muito da imagem que tem em cima de sua torcida. Quem já visitou a Bombonera sabe como é: eles te ensinam até a cantar músicas da torcida boquense e a comemorar um gol subindo no alambrado, como aqueles doentes que vemos pela TV.
Os nossos times não chegam nem perto de fazer algo minimamente parecido. Aliás, pelo contrário. Aqui, ainda somos culpados por fracassos.