O Avaí poupou quatro jogadores para a partida de ontem, estreia da Copa do Brasil contra o Volta Redonda. Isso diz muito sobre qual é a prioridade do clube no momento: o Chevettão. Alguns acharam que Ricardinho fez certo, pois tem jogo decisivo contra o Metropolitano no domingo. Outros, como esse xarope que vos escreve, achou desnecessário, já que faz duas semanas que só temos partidas aos domingos e Volta Redonda não é em Rondônia, mas bem mais perto.
O calendário do futebol brasileiro é apertado, mas não foi a FCF, CBF, Deus ou o destino quem colocou o Avaí nessa situação de ter um leão (sem querer fazer trocadilho, mas já fazendo) para matar por jogo. Fomos nós mesmos, que começamos o Chevettão de maneira capenga e chegamos, de novo, às rodadas finais tendo que ganhar de todo mundo (em 2012, deu certo. Tomara que se repita). O Figão, por exemplo, perdeu o clássico, mas só uma catástrofe o tirará das semifinais do estadual, pois já acumulou pontos suficientes. Então, pôde se dedicar à Copa do Brasil.
Evidentemente, não foi só porque estávamos sem Marquinhos, Eduardo, Paulinho e Maranhão que perdemos. Pegamos um time que vem bem no seu estadual (quatro vitórias em cinco jogos na Taça Rio) e que tem suas qualidades. Por isso mesmo, não creio que o jogo de volta seja mamão-com-açúcar, e o Avaí vai ter que se esforçar para provar que foi correta a estratégia de poupar jogadores na partida de ida e deixar pra decidir depois o que poderia ter sido decidido ontem – e, como sabemos, o resultado, no futebol, costuma apagar todas as críticas.
Ah, se passarmos para a semifinal do Chevettão, a partida de volta contra o Volta será numa quinta à noite e a primeira partida semi será no domingo. Mais uma vez, nos colocamos numa situação de ter que ganhar de todo mundo o tempo todo. Sem direito a deixar para depois. Haja coração.
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