Foi ruim ou foi bom?

O ano de 2012 terminou para o Avaí, na minha opinião, com bons resultados dentro de campo e uma situação preocupante (=ruim) fora de campo.

Sim, achei que foram bons resultados dentro de campo. Um clube vive de troféus, não de participações, e conquistamos o título estadual, dando uma surra no rival na decisão. Foi uma conquista cuja felicidade que sentimos possivelmente só nossos pais, avós e avaianos da Velha Guarda tinham vivenciado em 1975.

Na Série B, lamento informar e ser tão “pés-no-chão”, o Avaí não é um dos grandes, ao contrário do peixe que tentam me vender. Basta ver nossa capacidade de investimento, bem aquém de clubes como Goiás, Vitória e Atlético Paranaense. O sétimo lugar não é decepcionante nem surpreendente. É… normal. E, pelo time que tínhamos, foi até positivo.

Depois de três anos de Série A, poderíamos ter atingido outro status, mas hoje o Avaí continua sendo um clube com porte de Série B, igualzinho a 2001, época em que, querem me convencer, o Leão era uma várzea e caminhava para a extinção, embora tenha ficado a uma vitória da Série A. Sou novinho, mas tenho memória.

Fora de campo, a situação me preocupa. A dívida só cresce e, menos de um ano após o “maior orçamento da história”, o Avaí não teve grana pra pagar jogadores e demais funcionários. Como pode? Cadê o planejamento, a organização, o projeto?

Como disse, penso que um clube vive de títulos, não de participações, mas evidente que estar na Série A, embora nossa chance de ganhá-la seja ínfima, é importante porque nos possibilita ter mais grana, mais capacidade de investimento e ganhar mais títulos. Pensando nisso, 2012 foi igual a 2011 e 2010: um passo atrás, um passo rumo ao apequenamento do Avaí, processo que um título estadual, por mais lindo e épico que seja, pode mascarar.

O orçamento encolheu, a torcida sumiu, a grana acabou e não há muita esperança de que 2013 seja diferente. Ou surge um enviado dos céus – ou da Rússia, ou de Portugal, tanto faz – com grana e jogadores para nos salvar, ou teremos sérias dificuldades em conquistar objetivos como título estadual e acesso à primeira divisão.

Continuarei sendo sócio (conselheiro), continuarei indo a jogos, continuarei torcendo pelo meu time, apoiando sempre e reclamando quando achar necessário, mas começo 2013 desconfiado. Não crio muitas expectativas. Acho até melhor assim, quem sabe tenha uma surpresa positiva. Igual ao título estadual de 2012.

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